E as Telhas,
ali violentadas
pelos raios de Sol,
são plataformas
para a vida em regresso.
E o Sol,
destoante no Céu,
seu amigo,
encontra a telha:
"Espelho, espelho meu,
existe alguém mais triste
do que eu?".
O rapaz,
que obra ele faz?
Sentado à telha
sente brisa,
ouve som,
quer arepa.
O rapaz ainda,
carrega a composição no ventre:
fala sobre si e suas necessidades.
Se procura e não se acha.
Colecionador de livros
e partituras.
De súbito, mergulha em seu mundo
feito à lápis e sistemas mentais
com ventrílocos desnudos.
Seu assobio corre
riocorrente pela Telha,
reverbera até o céu
e abre um sorriso espoleta.
A luz volta a brilhar,
elabora bolero ao Sol.
O real dos homens fenece
já que a quinta de Dó é Sol.
Personagem principal: O Sol
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